quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mãos de amor

Há uns dias olhei para as minhas mãos. Eram jovens e vigorosas. Tinham poucos traços porque conheciam poucos homens. A memória das mãos é a mais fidedigna. Hoje, quando olho para as minhas mãos vejo trabalho calejado, tremores até à boca por não conseguir alcançar os cigarros. Passaram tão poucas horas entre conhecer apenas um amor e depois tantos que de amor não têm nada. O que é que eu fui fazer... Como vim eu aqui parar, a este sítio onde as mãos tremem e suam; onde o amor é um sonho mal concretizado?

2 comentários:

• pO • disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
• pO • disse...

tenho saudades de quando a vida era simples como uma caixinha de grilos... cantávamos sempre, sem saber o que havia lá fora.