domingo, 12 de outubro de 2008

L.L.L.: A leveza da liberdade lisboeta

Viver em Lisboa é bem melhor do que viver nos suburbios. A rua cheira a gente. A calçada é escorregadia. Posso chegar a casa a horas indiscretas. Ando sozinha. Converso horas com o amigo Francisco que não encontrava há anos (anos?).
Os ensaios começam e sem dar conta chegam as memórias de uma temporada inesquecível lá para os lados da Graça. A temporada que agora se avizinha mostra-se já inesquecível também: muitas crianças, homens, mulheres, - quem sabe? - cheios de vontade de reconstruir uma história simples, desta vez para os lados da Trindade. Dez minutos a pé desde o Príncipe Real e o mundo é outro, é o mundo do faz de conta que sabe bem à alma.
A amiga Ana oferece a casa, a cama, o espaço a que é tão bom voltar quando a vida está numa volta estranha. A Ana é um pequeno anjo amigo que constrói com fósforos a casa mais estável onde poderia estar neste momento. A Ana é amiga da vida, para a vida. Uma vez aqui, o regresso torna-se difícil. Lisboa é a minha cidade de agora. Não quero outro sítio para estar. Não quero fazer outra coisa senão esta de cirandar entre teatros bafientos e casas amigas.
Vim procurar a felicidade na cosmopolita terra. Tenho de encontrá-la que a hora tarda. Tarda em chegar o momento da leveza...

3 comentários:

Jacinto. disse...

Sintra é exílio.

Bel disse...

Que bom saber de ti.
Que saudades tenho tuas minha querida.

Beijo Grande

Ágnes disse...

Ai Rute, eu tuas!!!